
penso quando remexo nas minhas coisas antigas, nos meus CD's, nas minhas (poucas) memórias. penso em ti nesta solidão. naquela que eu não senti.. mas não me culpo. não tenho a quem culpar. prefiro nao ler. não lembrar a tua inevitável semelhança comigo. cresci com a tua ausência. tantas perguntas.. como seria se tivesses ficado?
sonho contigo.. que voltas, de branco no escuro. como aquela imagem além. sozinho.
Catarina
Acho que sabes o que eu poderia escrever aqui. Acho que o adivinhas mesmo sem eu o escrever. És grande pelo que escreveste... Está muito bonito.
bem, já me estás a irritar...não escrevoo nada não escrevo nada mas depois é isto.
gosto de saber que estás viva, que choras por dentro assim e que partilhas connosco esse choro silenciosos que também tem um lugar dentro de cada um de nós. a imagem é desta vez quase irrelevante, as palvras e os sentimentos sobressaem e não nos deixam indiferentes.
"como seria se tivesses ficado?" e o que interessa agora? o presente não permite os "ses" que queremos inventar para o futuro - talvez seja uma crueldade, ou talvez seja tempo de aceitarmos a realidade, sem reservas, construindo a felicidade sobre as casas arruinadas que o fogo deixou. construindo sobre o bom que há em todos os que passaram por nós e que nos amaram e sem querer tiveram de partir. fazem-nos falta - e essa falta também nos alimenta a alma.
=)
(adorei!)
Agradável porém estranho.. não te sabia uma saudosa do que já lá vai.. sempre te vi como alguém que deixa o passado onde ele pertence e que desafia o que lá vem, mas bastou uma leitura "na diagonal" para perceber que tinhas "voltado ao passado"..
..Catarina..
percebi no preciso momento em que partilhamos esta imagem o que te estava a pensar pela mente...li todas essas palavras no teu olhar...incrivel como conseguiste retratar num texto tudo o que os teus olhos me disseram.
és (muito) grande miuda..
amo-te.