Nesse outro tempo, eu não vivi.
Era o tempo dos fatinhos brancos. Das amas de pele escura também de branco engomado a enfrentar o calor no ar, descontraídas. É o que dizem as fotografias dos álbuns das folhas grossas e negras.
Miúdos de pés descalços andam pela casca do arroz, escondem as sandálias de borracha atrás das flores do jardim e fogem contentes. Não há maneira da terra vermelha os agredir, pouco mais há que natureza tropical por ali.
Meninos alvos de calções e bordado inglês misturam-se com pernas negras ali no pátio. São-lhes indiferentes de tão familiares. Esperam pela hora em que alguém os chama da grande cozinha para o lanche. Pão-de-Ló e doce de papaia. Chá servido à sombra de uma árvore, para as amigas que vieram de longe lanchar. Parecia que tinham tempo de sobra.
Vivia-se no tempo em que a cor clara da rua entrava pelas casas dentro. O cheiro era uma mistura de goma e carvão, com a fruta amadurecida doce na árvore.
Tinha-se o tempo dos trópicos para tudo. Como era quente. Como se aliviava com uma limonada com muitas colheres de açúcar.
Vivo estes cenários como se fossem meus, de tantas vezes os ouvir contar.
Invejo-os por não sentir a marca desse sol e do ar húmido. Não conhecer os sons da noite. Não saber andar descalça, como as crianças nessa terra. longe.
Era o tempo dos fatinhos brancos. Das amas de pele escura também de branco engomado a enfrentar o calor no ar, descontraídas. É o que dizem as fotografias dos álbuns das folhas grossas e negras.
Miúdos de pés descalços andam pela casca do arroz, escondem as sandálias de borracha atrás das flores do jardim e fogem contentes. Não há maneira da terra vermelha os agredir, pouco mais há que natureza tropical por ali.
Meninos alvos de calções e bordado inglês misturam-se com pernas negras ali no pátio. São-lhes indiferentes de tão familiares. Esperam pela hora em que alguém os chama da grande cozinha para o lanche. Pão-de-Ló e doce de papaia. Chá servido à sombra de uma árvore, para as amigas que vieram de longe lanchar. Parecia que tinham tempo de sobra.
Vivia-se no tempo em que a cor clara da rua entrava pelas casas dentro. O cheiro era uma mistura de goma e carvão, com a fruta amadurecida doce na árvore.
Tinha-se o tempo dos trópicos para tudo. Como era quente. Como se aliviava com uma limonada com muitas colheres de açúcar.
Vivo estes cenários como se fossem meus, de tantas vezes os ouvir contar.
Invejo-os por não sentir a marca desse sol e do ar húmido. Não conhecer os sons da noite. Não saber andar descalça, como as crianças nessa terra. longe.
a seu tempo...