o distinto

quinta-feira, novembro 09, 2006 à(s) 9:25 da tarde
dar um dedo em vez da mão. tocar um olhar sem soar uma palavra. dizer um momento porque o pensamento é uno.
é menos tudo isto que o aço de uma aliança?
com quantas palavras se quebra um penar.. e com quantas a segurança de uma certeza?
a tendência para um amor declarado, figurado, do corpo presente, quase material é dita por aí. por todos os demais lados. imagens, simbolos, conceptualizações.
a hora marcada, o movimento da rotina, o silêncio depois do adeus sabido..aflitivo. necessária a necessidade, a vontade, o ideal. o intenso. o profundo, o visceral, o inexplicavel.
antes o lamber da ferida ao mascarar de uma cicatriz.

4 comentários

  1. Casimiro Says:

    Não há que ter vergonha ou medo de mostrar as ferias. Porque cuidar delas é desde logo uma prova e uma mostra que algo especial existe. E isso é uma prova talvez muito mais honesta que o aço de uma aliança.

  2. Anónimo Says:

    Há momentos em que queremos a segurança de uma aliança. Outros em que necessitamos da confortabilidade e um símbolo. E ainda outros em que ansiamos pela liberdade de um "deixa correr". Nenhum é menos ou mais. Todos acontecem. De todos necessitamos. Em momentos. No momento. "O" Momento. Identifca sempre o momento que queres viver. Sente-o*

    Texto brilhantemente inteligente e sentido, Magda. Como tu*

    Beijo da sempre aqui

    Sónia

  3. catavento Says:

    foi belo em tempos. hoje não encontro nenhum significado. faço-o rolar pelos dedos, procuro lembrar-me do seu nome, e nada me ocorre.
    e à hora marcada, chega o sentido. recordo-me então daquela rotina que antes aborrecida e agora me sabe a saudades. o ideal estava nessa rotina todos os dias reinventada estava também nesse objecto quando eu o queria lá encontrar.

    e a ferida acabou por cicatrizar.

    *

  4. Anónimo Says:

    A minha ferida é recente. É daquelas feridas profundas que não sabemos quanto tempo vai levar a sarar, apenas que vai deixar uma cicatriz grotesca. Uma lembrança viva do que foi e já não volta a ser. Da arma que nos feriu porque não a soubemos usar. A quebra de uma aliança gravada a ferro e fogo no coração. A dor apenas mitigada por quem se preste a dar um ponto na ferida.
    Beijo amigo***

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